Ao ouvir os sons do sino,
pesar de toda a beleza,
o entardecer eu defino
como a hora da tristeza!
pra anunciar o despontar do dia...
Vem a manhã... é tudo luz... magia
da Natureza... passarada... flores...
mas estou só, e triste, e sem amores.
Não vejo as luzes, tudo é nostalgia
dentro em mim... esqueci minha alegria
de existir, vivo imerso em cruas dores.
A tarde chega fresca e radiosa,
mas para mim a tarde é fria e umbrosa,
nem vejo do poente a claridade.
Um vento frio me corta como açoite
anunciando que chegou a noite...
... e o dia morre sem deixar saudade!
Autoria: Romildes de Meirelles
(Trova e soneto do livro ENTARDECER)
Maravilhoso soneto, no qual o poeta canta sua tristeza.
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