sábado, 9 de abril de 2016

- e o dia morre sem deixar saudade!...



















Ao ouvir os sons do sino,
pesar de toda a beleza,
o entardecer eu defino
como a hora da tristeza!


As nuvens se engalanam com mil cores
pra anunciar o despontar do dia...
Vem a manhã... é tudo luz... magia
da Natureza... passarada... flores...

mas estou só, e triste, e sem amores.

Não vejo as luzes, tudo é nostalgia
dentro em mim... esqueci minha alegria
de existir, vivo imerso em cruas dores.

A tarde chega fresca e radiosa,

mas para mim a tarde é fria e umbrosa,
nem vejo do poente a claridade.

Um vento frio me corta como açoite

anunciando que chegou a noite...
... e o dia morre sem deixar saudade!


Autoria: Romildes de Meirelles
(Trova e soneto do livro ENTARDECER)

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