sexta-feira, 8 de abril de 2016

Quando Eu Morrer

















A tua imagem, querida,
eu guardo nos meus refolhos!
Ao terminar minha vida
hei de levá-la em meus olhos!...



Quando eu morrer, dispensarei lamento,
não quero ir triste para a cova fria,
quero levar, comigo, a voz do vento
cantando versos cheios de harmonia.

Quero que tenha, o meu sepultamento,
mulheres, vinhos, risos e alegria,
nada de choro nem de hipocrisia,
tristezas falsas em meu passamento!...

Porém quando você, mulher querida,
cerrar meus olhos frios, já sem vida
para a final partida deste mundo,

note bem uma coisa singular:
repare que em meu derradeiro olhar
seu vulto ficou preso lá no fundo!...


Autoria: Romildes de Meirelles
(Trova e soneto do livro ENTARDECER)

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