quinta-feira, 14 de julho de 2016

O Relógio






Ei-lo impávido e sereno!...
Ele é o coração do tempo.
Nada altera o seu pulsar:
Nem dores, nem alegrias,
Nem bonança ou tempestade,
A lida do dia-a-dia,
Tristeza ou felicidade,
Nada altera o seu pulsar!...

Por ele os segundos passam
Passam os minutos, as horas,
Os dias, os meses, os anos
E mil séculos sem fim.
Sua forma lembra o infinito!...
E ali, frio, preso à parede
Deixa o tempo se escoar
Lenta e inexoravelmente...
... e na quietude sombria
de silente madrugada,
seu tique-taque monótono
são gotas frias de som
pingando... pingando sempre
em um poço de silêncio.


Autoria: Romildes de Meirelles
(Poema do livro ENTARDECER)



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