A saudade é dor matreira
que me segue noite e dia,
pois saudade é companheira
de quem não tem companhia
Estou completamente só. O dia
acaba... a tarde morre docemente
e eu estou só em meio a tanta gente
nesta tarde chuvosa, cinza e fria.
A solidão da tarde me angustia,
deixa-me imerso em um torpor dolente,
vendo o tempo esvair-se lentamente
de gota em gota em triste nostalgia.
A chuva aumenta minha ansiedade
enchendo-me de mística saudade
numa tristeza que o olhar me embaça
e vejo tudo qual se fosse um sonho
onde o tempo se escoa tão tristonho
na cadência da chuva na vidraça.
Autoria: Romildes de Meirelles
(Trova e soneto do livro ENTARDECER)
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