Pintura de ANDREI BELICHENKO |
Mote: “ A brisa canta uma canção pequena”
Tereza Regina Cavalcante
Quando desnuda, vai minha morena
banhar-se à tarde na beira do rio,
com o belo corpo trêmulo de frio,
“a brisa canta uma canção pequena”.
Se a tarde é morna, entoa u’a cantilena
que se semelha da rolinha o pio,
julgando ser alegre desafio,
“a brisa canta uma canção pequena”.
Quando de volta à casa pequenina,
que fica lá no alto da colina,
trazendo no cabelo uma açucena,
se veste em festa toda a natureza,
fazendo homenagem à sua beleza,
“a brisa canta uma canção pequena”.
Autoria: Romildes de Meirelles
(Soneto do livro ENTARDECER)